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A arte de um mágico é distrair os olhares do público para uma mão, enquanto a outra transforma habilmente o logro em verdade.

Vem isto a propósito da enfadonha telenovela, tipo venezuelana, sem classe e argumento a resvalar para a senilidade e estupidificação das audiências que ainda resistem …

«Chega de trapalhadas, de fazer coisas em cima do joelho e de brincar aos festivais (…) uma nova era com os melhores profissionais que temos em Portugal para honrar o passado, e sobretudo para engrandecer o futuro (…) temos tempo para preparar um festival. Estamos a tempo de tudo, de melhores bandas, e de situar Vilar de Mouros no lugar que merece que é no topo dos festivais de verão», frisou Miguel Alves ao Correio da Manhã e Público de 18 de Abril do ano passado.

O Secretariado da Comissão Política Concelhia do Partido Socialista, no dia anterior, afirmava que «durante as últimas eleições autárquicas o PS de Caminha teve uma bandeira política: o regresso do Festival de Vilar de Mouros. Esta é a nossa ambição, esta é uma das prioridades do nosso programa político. O PS sempre defendeu o Festival e na Primavera de 2013, no lançamento da pré-campanha eleitoral, colocou o seu regresso como uma das prioridades para o mandato 2013/2017». E concluiu: «O Festival não morreu! Ressurgirá já no próximo ano e ao mais alto nível».

Na altura, Miguel Alves alugou um autopullman, encheu-o com jornalistas da região e o seu staff e foram até à capital anunciar a boa nova …

‘Atiraram-se’ para os microfones dos repórteres acordos celebrados com empresas organizadoras de grandes eventos, houve juras recíprocas de credibilidade, só faltaram champanhe e uns salgadinhos …

A AMA, anterior potencial organizadora do Festival já tinha recebido o ofício presidencial com o ‘despedimento’, no rasgar de papéis, e o futuro estaria, a partir dali, nas mãos de empresas como Música no Coração e outras de nomeada. Há cerca de 2 meses, Luís Montez ‘bateu com a porta’ e afirmou (passo a citar): «A Câmara de Caminha se quiser que organize ela». Quero crer que Miguel Alves, como jurista, terá ‘blindado’ o acordo caso uma das partes não cumprisse, mas até isso não me estranharia ter dado de barato …  

E eis que, chegados aos dias de hoje, sem os holofotes, microfones de outrora ou eventuais promessas de prebendas de que os empresários necessitam para as suas actividades, o presidente da Câmara Municipal de Caminha anunciou há dias que agora sim, agora temos gente, temos patrocínios (que não especificou)…

E tem uma empresa, a Surprise & Expectation, que foi criada – imaginem – há uma semana no Cartório de Caminha e e indicou como sede instalações da própria autarquia. Tem dois jovens sócios de Lisboa: António Paulo Costa Ventura (do qual não encontrámos registo no Google nem no Facebook) e Diogo Patrício Marques que é proprietário da Dot Global. Aguardemos!

E depois disto, haverá quem não acredite que a política é, afinal, a mais velha profissão do mundo? Muito mais que outras ..

 

minhodigital.com

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publicado às 11:42



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