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Em Abril do ano passado, Júlia Paula não se contentou com "menos" e apresentou uma espécie de milagre: após dois anos consecutivos de contas negativas, com buracos da ordem dos 800 mil euros em 2010 e dos 2,7 milhões de euros em 2011, o ano de 2012 trazia uma aparente recuperação, extraordinária: um lucro de mais de dois milhões de euros!
A Câmara de Caminha parecia um oásis no meio da crise nacional e internacional e, como se diz na gíria, quando a esmola é grande o pobre desconfia...
Aliás, os números há muito que suscitavam dúvidas.
Em Agosto do ano passado, o economista António Dourado bateu com a porta intempestivamente. Aquele que foi o "rosto" das contas da Câmara de Caminha durante largos anos - dizia-se nos corredores - não podia mais e não quis arriscar ir mais longe, até porque a Câmara já estava sob suspeita por inúmeros casos e a Polícia Judiciária tinha em curso uma complexa investigação, que ainda se mantém.
A despedida de António Dourado foi tempestuosa e aconteceu imediatamente a seguir a uma discussão com o chefe de gabinete de Júlia Paula, o contabilista João Silva. Os pormenores da zanga ficam, por agora pelo menos, num círculo restrito a que não temos acesso, mas tudo indica que ainda vão ser pedidas, no futuro, muitas explicações sobre estes e outros episódios.
Júlia Paula e João Silva abandonam o edifício da Camara na véspera da tomada de posse do novo executivo
Na última quarta-feira, o presidente da Câmara, Miguel Alves, fez a apresentação aos restantes membros do executivo, do Relatório final de revisão limitada às demonstrações financeiras do município de Caminha com referência a 31 de outubro de 2013.
Miguel Alves já tinha dito que foi a dificuldade em aferir a real situação financeira do município que levou o executivo a realizar uma auditoria externa. O âmbito dos serviços solicitados pelo município visava três aspetos essenciais: avaliar a situação económico-financeira do município de Caminha em 31 de outubro de 2013; análise à parceria público-privada (PPP) realizada para a construção das Piscinas de Vila Praia de Âncora e avaliar o cumprimento da Lei dos Compromissos e dos pagamentos em atraso, assim como dos contratos/compromissos assumidos após 1 de julho de 2013.
Um resumo das conclusões desta auditoria pode ser consultada aqui
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