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O Rio Coura e a poluição

por pubicodigital, em 14.05.13

O Rio Coura voltou a aparecer de novo com uma coloração alaranjada por volta do meio-dia de hoje.

O GEPPAVilarmourense já tinha alertado para situação idêntica ocorrida no dia 25 de Abril. Basílio Barrocas comentou o caso no seu blogue, do qual retiramos o seguinte texto:

 

Rio Coura e poluição

Na página on-line DESPESA PÚBLICA, onde pode ser consultado como, quanto, para quê e por quem é gasto o nosso dinheiro, o dos contribuintes, consta que foi feito por ajuste direto, ou seja, sem necessidade de sujeição a concurso (o que é permitido quando o valor não ultrapassa os 150 000,00 €) o seguinte contrato público: a empreitada de melhoria no controlo do escoamento das águas superficiais na área mineira de Covas.

A empresa adjudicante foi a EDM – Empresa de Desenvolvimento Mineiro, S.A., a contratada foi a FR3E – Energia e Novas Oportunidades, Lda. O contrato foi datado a 11 de Março de 2013, publicado a 21 do mesmo mês, o preço no valor de € 87 951,50 e o prazo de execução de 30 dias.

Ao tomar conhecimento desta informação, não foi difícil associá-la ao que acontecera no dia 25 de Abril, quando vilarmourenses e visitantes foram desagradavelmente surpreendidos pela intensa coloração amarelada e opacidade das águas do Rio Coura, o que levou o GEPPAV – Grupo de Estudo e Preservação do Património Vilarmourense, a emitir um comunicado (Não houve 25 de Abril para os peixes do Rio Coura), denunciando publicamente a situação, alertando as autoridades competentes, exigindo a tomada de medidas de apuramento de responsabilidades e de resolução do um problema que se arrasta há muito. Nesse comunicado já se apontava, de forma inequívoca, como fonte causadora de mais esta agressão às outrora límpidas águas do rio, as mal seladas antigas minas de volfrâmio de Covas. Eu próprio também já alertara, em mensagem publicada neste blogue a 16 de Maio de 2011, para falhas que me pareceram graves na selagem em questão, falhas essas bem mais visíveis em épocas de chuvadas intensas, quando as fortes correntes arrastam consigo maiores quantidades de resíduos provenientes dos entulhos sobrantes das minas.

 

Bom, desta vez, pelo menos, verifica-se que foi reconhecida a necessidade de se intervir no sentido de melhorar as coisas.

 

Os membros do GEPPAV deslocaram-se ao local no dia 4 de Maio e, apesar de se encontrar tudo parado por se tratar de um sábado, falaram com residentes e constataram o decorrer de obras com recurso a maquinaria pesada usada para forte movimentação de terras. Estará, assim, tudo o indica, explicada a estranha coloração do Rio Coura no dia 25 de Abril: as águas da ribeira do Poço Negro atiraram-lhe para cima com elevadas doses de entulho provocado pelas obras em curso.

As amostras colhidas pelas autoridades para análise, esclarecerão, esperemos, se há ou não perigo de contaminação de qualquer espécie.

 

A concluir deixo no ar algumas questões que me parecem pertinentes:

 

1 – Não poderia ter sido evitado o arrastar de toda aquela enorme quantidade de matéria para o rio Coura? Parece-me bem que sim e com custos reduzidos, dado o pequeno caudal da ribeira quando não chove, o que já não acontecia há uns dias.

 

2 - Em caso negativo, não deveria esta obra ter sido precedida de uma ampla informação, o mais detalhada possível, junto de entidades oficiais e público em geral, até como forma de evitar alarmismos desnecessários?

 

3 – Verifica-se a existência, no local, para além de outros materiais, de dois tipos de tubagem com diâmetros diferentes que, tudo o indica, deverá ficar soterrada. Qual será a sua função? O que vai, realmente, ser feito, quem acompanha e fiscaliza?

 

4 – Se a selagem (?) concluída em 2008 foi orçamentada em cerca de 1 600 000,00 € e deu no que deu, será que agora, com mais 87 951,50 € , o problema vai ficar resolvido?

Seria bom, muito bom mesmo, que assim fosse.

 

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publicado às 14:29


5 comentários

De Benjamim a 23.05.2013 às 14:41

Se o Rio Coura votasse já teria sido salvo pelas forças políticas que estão e estiveram no poder, mas o desgraçado não tem voto.
Sabem que preocupações ambientais são coisa de grande monta que não servem para todos!

De Pescador a 16.05.2013 às 12:24

Eu em relação a este assunto só tenho uma opinião, os responsáveis deste atentado deveriam ser afogados no rio coura.

O Rio Coura e Rio de Âncora estão abandonados pela Câmara Municipal Caminha. Como é possível as autoridades locais não verem estas duas potencialidades como ponto turístico, lazer e de pesca.

Em relação ao rio Minho a Câmara quer é visibilidade politica.

Por rio Minho navegável???? Sou pescador desportivo e garanto que a minha embarcação navega desde a Foz até além de Valença. O que rio Minho precisa através da capitania de Caminha colocar algumas bóias de sinalização de perigos existentes.

O que se paga para ter fundeadouros e taxas para navegar no Rio Minho dava para capitania Caminha por aquele rio maravilhoso um mimo.

Mas não queiram fazer do Rio Minho o rio Douro cada macaco no seu galho.

De indignada a 15.05.2013 às 22:11

Também acho que esta maré amarela não será da responsabilidade da Câmara ,no entanto não podemos esperar que faça algo para prevenir casos deste .Se verificarmos o que tem sido o deixa andar em relação á praia de Ancora nada mais nos admirará . Aliás andam todos muito ocupados com as eleições e com a caça aos socialistas apoiantes do Miguel Alves ! Segundo me confidenciou uma amiga , funcionaria da Câmara , deram ordens para atacar ,mesmo na vida privada , os sucias " ,e já há pessoal a trabalhar com afinco ,dirigidos pelo artista do costume .Adivinhem quem... Pessoalmente sinto-me indignada pois votei sempre PSD e não me revejo neste revanchismo . Para esta gente vale tudo e não tem respeito por nada nem ninguém .Porque se agarram tanto ao poder ? Brevemente vamos assistir á caça ás bruxas . Aguardem .Se dão com um teso pode-lhes correr mal..

De Alzira a 16.05.2013 às 14:18

Só pode ser esse crápula do J.S. que se esconde atrás das saias da presidente.

De Lopes a 14.05.2013 às 17:17

É certo e sabido que esta Camara não tem qualquer preocupação ao nivel do ambiente. Também é verdade que as anteriores não tinham, mas os tempos eram outros e não havia paletes de engenheiros na Camara.

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