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Números e mais números, milhões de euros para trás e para a frente, críticas repetitivas ao passado e ao presente da gestão financeira camarária absorveram a maior parte do tempo da extensa, controversa e complexa reunião camarária realizada na passada Quarta-feira.
Miguel Alves, presidente do Executivo, defendeu-se da investida da oposição social-democrata, quando foram chamados a debater a celebração de um acordo de pagamento celebrado com as Águas de Portugal, perante o silêncio absoluto do vereador Rui Teixeira, responsável pelo pelouro das Finanças.
Silêncio total não foi bem o caso, porque a determinada altura da discussão acalorada, balbuciou uma dúzia de palavras que nos resultaram inaudíveis, uma vez que continua a falar com os decibéis em baixo.
O PSD, pela voz de Liliana Silva e Flamiano Martins, insurgiu-se contra o acordo e prometeram pedir um pedido de responsabilização pelo que estava a suceder e vinha transcrito no acordo da proposta e na informação da DGAL (Direcção-Geral da Administração Local).
Liliana Silva disse logo a abrir a discussão, que "nem queria a creditar no que estávamos a ver", quando se apercebeu que a actual Câmara não pagava a água -, que os munícipes pagam regularmente, registe-se -, desde Março de 2014, equivalendo a 1,5 milhões de euros, após ter sido vinculada a informação camarária de que o atraso remontava apenas a Janeiro deste ano.
Perante esta situação, Liliana Silva, bem municiada de documentação e informações recolhidas de várias fontes e meios, perguntou ao Executivo como é que tinham feito os cálculos dos fundos disponíveis com que baseavam as despesas que contraíam.
Após ter dito que a Câmara não pagava porque não tinha dinheiro e ter contestado quem fizera as contas, Liliana Silva pediu as actas das reuniões das negociações com a empresa de águas.
A edil "laranja" voltou a questionar o facto de apenas ter sido feito o contrato com o Anselmo Ralph em Outubro do ano passado, quando o espectáculo decorrera em Agosto, chegando a dizer que "estamos a brincar com coisas sérias".
O assunto das águas "transbordou" para a generalidade das contas camarárias, tendo sido afirmado pelo PSD que as dívidas actuais do Município ascendem a 12 milhões de euros, existindo actualmente apenas 200.000€ disponíveis nos cofres do autarquia, temendo, por conseguinte, que estejam em causa os pagamentos dos ordenados dos funcionários.
Na contestação à argumentação da oposição, Miguel Alves disse que a DGAL "errou" e que os números verdadeiros serão conhecidos em breve. Recordamo-nos que já o anterior Executivo punha em causa os relatórios da DGAL. Pelos vistos, esta direcção-geral engana-se muito. Ou serão outros os equivocados?
O autarca do partido da "rosa" reputou de "fantasiosos" os números da oposição e insistiu na dívida que vinha do passado, a qual teria ascendido a 5 milhões de euros. Acentuou que o Executivo precedente pagara as suas dívidas da água com a contracção de empréstimos a curto prazo ("empréstimos sobre empréstimos"), e com recurso aos dinheiros do PAEL e do PRED, levando-o, por isso, a aconselhar o PSD à "auto-moderação".
Acentuou que a existência de discrepâncias na contagem da água levada em conta pela Empresa de Águas, levara à suspensão dos pagamentos e à renegociação da dívida objecto do acordo de pagamento em discussão.
Recordou à oposição que existiam 7 milhões de euros de dívidas quando chegou à presidência, levando Liliana Silva a dizer-lhe que "não me aponte o dedo", porque segundo o relatório do Revisor de Contas contratado pelo actual Executivo, dispunham de 1,7 milhões de euros disponíveis em caixa em Outubro de 2013.
Texto do caminha2000
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